06 maio 2006

GABY SOÑER - VOCAÇÃO: ROCK & ROLL


VOCAÇÃO: ROCK
Alguém, um dia, disse que mudaria o mundo com uma viola eléctrica e umas canções. Assim nasceu a música Rock & Roll, ícone de uma juventude insatisfeita e inconformista. Os anos e as gerações passaram. O mundo pouco mudou mas o Rock, teimoso, continua. Talvez não seja um instrumento tão eficaz como alguns gostariam, mas serve ainda para mover algumas consciências. Os mega-concertos Live Aid, em 1985 e, mais recentemente, o Live 8 servem de amostra. A pobreza ainda não passou à história, como pretendiam Bob Geldof, Bono e companhia, mas é bom saber que muitos ainda não passaram à indiferença.
Mas o Rock serve também a outras causas. E, que tal, servir para cantar… a fé! Porque não? É o que Gaby Soñer, um cantor de rock espanhol faz. Antigo membro da banda Capitan Flynn, Gaby, já “trintão” faz a descoberta da sua vida: Jesus Cristo. Uma bela manhã, lê um texto de Sta. Teresa de Ávila. É o despertar para algo novo, repensando o sentido da vida e tudo quanto o rodeia. Com a ajuda dos frades franciscanos Capuchinhos conhece duas novas paixões: Jesus Cristo e Francisco de Assis.
Reaprendeu o amor e a felicidade. Decidiu comprometer-se com a sua fé inserindo-se numa comunidade de leigos franciscanos que vivem em conjunto e na prática da caridade através da Caritas da sua paróquia. Mas faltava ainda algo.
Percebeu que poderia cantar os seus novos sentimentos e sensações. Pegou na viola e ei-lo de novo nos palcos, agora para cantar, melhor, para rezar cantando a sua fé e o seu amor a Deus. É difícil permanecer indiferente à alegria e felicidade que transpira quando canta e as suas canções são autênticos actos de fé à misericórdia de Deus que ele experimentou na primeira pessoa. Quem esteve presente no Dia Diocesano da Juventude (até ao fim) testemunhou o que acabo de dizer.
Será a nossa relação com Deus uma coisa tão privada que não seja capaz de o declarar publicamente? Se não tenho vergonha de revelar a cor do meu clube e da minha preferência política, se sou capaz de ter opinião sobre tudo e mais alguma coisa, porque não dizer que acredito num Deus que me ama?
Se tiveres dúvidas sobre isto vai assistir a um concerto de Gaby. Eu, já vou no segundo, e aguardo, ansiosamente, pela terceira oportunidade.
Para saber +: www.gabyandcompany.com

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75 ANOS DO SEMINÁRIO DA GUARDA


O Seminário Maior da Guarda está a comemorar as bodas de diamante do edifício onde está sediado esta Instituição que tem já mais de 400 anos de existência.

SEMINÁRIO, A CASA DOS 3 “P”.
Falar do Seminário é bem mais do que descrever uma casa, embora estejamos a comemorar os 75 anos de um edifício. Mais do que as pedras, recordamos pessoas, momentos, sentimentos, alegrias e tristezas. Porque muito ficaria por expressar, prefiro dizer pouco. Limitando as palavras, frequentemente, acabamos por comunicamos mais.
Assim, 3 letras bastam, melhor, uma só, ainda que repetida…
P de PONTE.
Tal como uma ponte liga duas margens, também o Seminário liga duas fases distintas da vida de um jovem: a fase entusiasta dos sonhos, projectos e descoberta vocacional – Deus chama-me!? - e a fase da decisão, da concretização de um caminho que continuará a ser uma surpresa, mas, agora, com um companheiro - Deus chamou, eu respondo…
Entretanto, existe uma ponte a atravessar que, por mais longa que ela seja, me conduz a uma outra margem.
P de PASSAGEM.
Por ser ponte, o Seminário é passagem, ou seja, nunca é definitivo em si mesmo. Por outras palavras, ninguém tem vocação para seminarista. Somos chamados para outra realidade. Quando viajamos, a referência é sempre a meta. O caminho é sempre escolhido consoante o destino a que nos propomos e nunca o contrário. A vocação é, pois, uma meta e o percurso não pode ser avaliado por si só. Quando o objectivo é bom e nobre (se é proposto por Deus poderá não sê-lo?), o caminho mesmo árduo e com dissabores torna-se, também ele, bom e nobre pela simples razão de nos encaminhar para onde somos esperados.
Mais do que espaço, o Seminário é tempo, e tempo é crescimento, preparação, parto… É passagem para outro tempo…
P de PORTA.
A porta, mesmo fechada é um contínuo desafio. A porta nunca se impõe, mas provoca. Transpô-la depende de nós, da nossa coragem, da nossa vontade e liberdade. Por ventura, poderá exigir uma chave. O Seminário é a busca de uma chave que nos abra a porta, a porta para amanhã, para as respostas às dúvidas que carregamos, para uma realização de desejos e ânsias que nos habitam, para a ousadia de arriscar numa nova etapa…
Uma porta, mesmo que seja de saída, dá sempre entrada para outro espaço, para a novidade. É verdade que, por vezes, acomodamo-nos mais em fechar portas do que em abri-las. Se quisermos, a tendência pode ser contrariada. No entanto, não basta espreitar. É preciso transpor a porta.

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