20 agosto 2007

PARA OS TEMPOS DE VIAGEM

ACOLHER
Olhar o meu irmão
de estranha cor e admirar:
É a beleza de meu irmão!
Escutar o meu irmão
de palavras estranhas,
escorrendo o desconhecido
e espantar-me:
É o idioma do meu irmão!
Contemplar o meu irmão
de estranha religião
e maravilhar-me:
Então também tu, meu irmão,
tomaste a estrada para Deus!

ACOLHER,
Oferecer-me à novidade dos rostos
e dos corações estendidos,
para destribuir o pão multiplicado do meu amor,
aprendendo os gestos do Nazareno
que pousa a felicidade nas mãos em espera
ao longo dos caminhos.

ACOLHER
Porque somos, todos e em todo o lado,
os filhos múltiplos de Deus Estranho
cujo Nome canta o infinito da ternura
para os viajantes da terra.

ACOLHER
E criar assim um outro planeta
onde a cor e as palavras e a religião
estranhas e diversas
são as primeiras notas da música universal
cantada pela nova terra
onde os irmãos, finalmente, se reconheçam:
“Realmente, somos todos os filhos do Pai!”

Charles Singer

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11 agosto 2007

SÊ UM VIGIA

(a propósito do evangelho do XIX domingo comum - Lc 12, 32-48)
Foste baptizado na Páscoa de Cristo.
Escuta os murmúrios do seu Espírito, que habita o teu coração. É Ele a tua luz, a tua vigilância interior, que faz de ti um vigia na noite.

Escuta o Espírito de Deus e sê um vigia: acolherás as fontes da vida, da paz e da alegria; descobrirás a face escondida e luminosa, dos seres e das coisas.

Escuta o Espírito de Deus e sê um vigia: ouvirás, no jardim silencioso do teu coração, os passos discretos do Senhor que te procura; e poderás entrar na sua Aliança de amor, desde a aurora de cada manhã.

Escuta o Espírito de Deus e sê um vigia: saberás desconfiar das mentiras do mundo; evitar as forças do mal; e descobrirás, cada dia, no pão partilhado, o rosto daquele que vem ao teu encontro.

Escuta o Espírito de Deus e sê um vigia: terás a coragem de recusar a injustiça e o ódio; e saberás lutar contra o absurdo da vida, com a confiança d’Aquele que se não deixou seduzir pela fascinação do pecado, nem pela astúcia do tentador.

Escuta o Espírito de Deus e sê um vigia:
examinarás os sinais dos tempos, no meio do povo da esperança; e cultivarás, no teu coração vigilante, os germes do crescimento do reino, para apressares a última vinda do teu Senhor.

Pe. José Martins Vaz, Cssp

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09 agosto 2007

EDITH STEIN - A Testemunha da Verdade

09 de Agosto
Santa Teresa Benedicta da Cruz Edith Stein nasceu em Breslau, actualmente Wroclaw, capital da Silésia, na Alemanha (cidade que, depois da Segunda Guerra Mundial, passou a pertencer à Polónia), no dia 12 de Outubro de 1891, quando se celebrava a grande festa judaica do Yom Kippur, o Dia da Reconciliação.
Seus pais, Sigefredo e Augusta, eram comerciantes judeus. Edith foi a última de onze filhos. O pai faleceu em 1893. A mãe encarregou-se dos negócios da família e da educação dos filhos.
A pequena Edith, segundo o seu próprio testemunho, foi muito dinâmica, sensível, nervosa e irascível. Aos sete anos, começou a possuir um temperamento mais reflexivo.

Em 1913, ingressou na Universidade de Gottingen e dedicou-se ao estudo da Fenomenologia. Aí encontrou a sua verdadeira vida: livros, companheiros e, sobretudo, o célebre professor E. Husserl. Durante este tempo chega a um ateísmo quase total.
Em 1914, explode a Primeira Guerra Mundial. Edith vai trabalhar num hospital com quatro mil camas. Entrega-se a este trabalho de corpo e alma.

Estuda com seriedade a Fenomenologia, até se encontrar com a doutrina católica. Encontra definitivamente a sua nova fé em 1921, quando lê a autobiografia de Santa Teresa de Jesus. O amor a Deus, o Absoluto, toma conta de sua alma: “Cristo elevou-se radiante ante meus olhos: Cristo no mistério da Cruz”. Sob a direção do Padre jesuíta Erich Przywara, começa a estudar a teologia de São Tomás de Aquino.
Baptiza-se no dia 1 de Janeiro de 1922, recebendo o nome de Teresa Edwig. Desde então sente-se evangelizadora: "Sou apenas um instrumento do Senhor. Quem vem a mim, quero levá-lo até Ele”. "Deus não chama ninguém a não ser unicamente para Si mesmo”.

Aos 42 anos, no dia 15 de Abril de 1934, festa do Bom Pastor, veste o hábito carmelita no Convento de Colónia.
Sua conversão, que não a impede de continuar a sentir-se filha de Israel, enamorada de sua santa progenitura, separa-a, contudo, de sua família e de sua amada mãe: “Minha mãe opõe-se com todas as suas forças à minha decisão. É difícil ter que assistir à dor e ao conflito de consciência de uma mãe, sem poder ajudá-la com meios humanos”. (26-01-1934).
No dia 21 de Abril de 1935, domingo de Páscoa, faz seus votos religiosos e três anos depois, no mesmo dia, seus votos perpétuos. Sua vida será uma “Cruz” transformada em “Páscoa”.

Na Alemanha, os nazis começam a semear o ódio ao povo judeu. Ela pressagia o destino que a aguarda. Tentam salvá-la, fazendo-a fugir para a Holanda, para o Carmelo de Echt. Membros das SS não tardam a invadir o convento e prendem Irmã Benedicta e sua irmã Rosa, também convertida ao catolicismo.
Três dias antes de sua morte, Edith dirá: “Aconteça o que acontecer, estou preparada. Jesus está aqui conosco”. (06-08-1942).
Após vários tormentos, no dia 9 de Agosto de 1942, na câmara de gás do “inferno de Auschwitz", morria a mártir da Cruz, Irmã Teresa Benedicta. Foi beatificada no dia 1º. de Maio de 1987, em Colônia, e canonizada em 1999 pelo papa João Paulo II.
O mesmo Papa declarou-a, com Santa Catarina de Sena e Santa Brígida da Suécia, padroeira da Europa.

cf.geocities.yahoo.com.br/monjascarmelitas

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05 agosto 2007

EM VIDA, IRMÃO, EM VIDA…

Não esperes pela sepultura
Das pessoas para as amar
E dar-lhes a sentir a tua ternura
Fá-lo em vida, Irmão, em vida…

Ser venturoso mereces
Se aprenderes a fazer felizes
A todos os que conheces
Em vida, Irmão, em vida…

Nuca visites panteões
Nem enchas tumbas de flores
Enche de amor corações
Em vida, Irmão, em vida…

Se queres feliz fazer
Alguém a quem queiras muito…
Diz-lhe, hoje, o teu querer
Fá-lo em vida, Irmão, em vida…

Se desejas dar uma flor,
Não esperes que ela murche
Manda-lha, hoje, com amor…
Fá-lo em vida, Irmão, em vida…

Se desejas dizer “gosto de ti”
À gente da tua casa, que te é querida,
Ao amigo perto ou longe,
Fá-lo em vida, Irmão, em vida…

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