06 dezembro 2006

ADVENTO (II)

O TEMPO DOS PRESENTES


Os presentes nada devem ter a ver com o comércio ou as boas relações a manter ou o pagamento de serviços. Com os presentes, precisamente, sai-se da comercialização onde tudo está regulamentado segundo a lei do “dou para que dês”.
Os presentes não pedem nada em troca. São gestos gratuitos de amor. São oferecidos unicamente por amor. Contêm o amor para todas as oferendas.
Com os presentes começamos a doar-nos a nós mesmos, fragmento após fragmento, porque é difícil entregar-se de uma só vez, inteiramente.
Se regularmente se oferecem presentes não é senão para dizer: “Repara! Este presente é uma parte de mim mesmo. De momento estou ainda centrado em mim mesmo e o egoísmo ainda me domina. Trata-se de uma longa aprendizagem. Mas virá o dia em que me doarei a ti finalmente sem reservas. Este presente que te ofereço é o anúncio!”
Com os presentes oferecidos em verdade, cresce-se no amor e no dom.
No Natal, Deus oferece-se inteiramente, fica ao nosso alcance, homem como nós. O Menino do presépio traz todo o amor de Deus. Em Jesus Cristo, Deus oferece-se em Presente para a vida e a alegria da humanidade.
O Advento é o tempo de nos maravilharmos ante o presente de Deus. É também o tempo em que o Menino do Natal nos interpela à difícil aprendizagem quotidiana pela qual nos tornamos lentamente, em Dom e Presente para os outros.

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