1 JOVEM, 1 VIDA: Chiara Badano
Chiara Badano
29/9/1971 - 7/10/1990
Itália 1990. O lugar e a data recorda, a muitos, o mundial de futebol, embora Portugal não estivesse representado. Mas é também o país e o ano da morte de uma jovem, cujo funeral reuniu 2000 pessoas, de todas as idades, crentes ou não. O seu túmulo é lugar de peregrinações. Muitos, pelo seu testemunho, decidiram dar maior lugar a Deus nas suas vidas. A causa da beatificação foi já introduzida. Afinal, é possível ser santo aos 18 anos!
Olá! O meu nome é Chiara, Clara em português. A minha história é, simultaneamente, simples e extraordinária. Nasci a 29 de Outubro de 1971, em Sassello, no Norte de Itália. O meu nascimento cumulou de alegria os meus pais que aguardavam ansiosamente ter uma criança. O meu pai era camionista e a minha mãe deixou a fábrica onde trabalhava, para acompanhar o meu crescimento.
A vida: que grande dom! Que bom estar com os amigos, cantar, dançar, fazer caminhadas na serra, praticar natação, ténis…
Um dia, precisamente ao jogar ténis, senti uma forte dor no ombro. O diagnóstico cai como uma bomba: cancro dos ossos, numa das suas formas mais graves e dolorosas. Que dizer? “Sou jovem… vou conseguir”. Para mim, é o início de um novo desafio: a santidade.
A dor, abraçada, torna livre
Exames médicos, operações cirúrgicas, quimioterapia… nada resulta e o mal progride. Deixei de poder andar, eu, em plena flor da idade. Os tratamentos são dolorosos, mas recuso a morfina, pois retira-me lucidez. Sinto que a dor, quando abraçada, me torna livre. A minha força? Está na minha fé em Jesus, que se abandonou na cruz e que tomou sobre Si todo o sofrimento humano. “O importante, é fazer a vontade de Deus. Tinha projectos pessoais, mas Deus tinha os seus, para me guardar junto de Si. Jesus enviou-me esta doença na hora certa. Não imaginais qual é a minha relação com Jesus, agora! Julgo que Ele me chama a algo mais, algo maior… Talvez fique acamada durante anos. Não sei. Para mim, só conta a vontade de Deus : fazê-la bem, viver o momento presente, entrar no « jogo » de Deus… Espera-me um outro mundo e eu só tenho de confiar. Sinto que faço parte de um projecto esplêndido que se me revela aos poucos.”
O meu quarto,
lugar de encontro e unidade
Passo a oferecer tudo pelos jovens, pela minha diocese, por aqueles que se afastaram da fé, pelas missões… Quando fiz 18 anos, recebi uma grande quantidade de dinheiro que reencaminhei para um amigo que trabalha em África, junto de crianças pobres e doentes. O meu quarto, no hospital e depois em casa, torna-se lugar de encontro, apostolado e unidade. É a minha “igreja”.
"Se Tu o queres, Jesus, também eu o quero”, é o que repito, recordando o exemplo de Stª Teresinha, enquanto o mal não cessa de progredir. Peço à minha mãe que não chore, dirigindo-lhe as minhas últimas palavras: “Sê feliz, pois eu também o sou”.
DISSERAM DELA...
“O seu sorriso e o seu olhar luminoso provaram-nos que a morte não existe, que só há vida”
A. Delogu, médico
“ A sua aprendizagem da santidade é apoiada pelo seu ideal de vida, pela sua generosidade, pela sua disponibilidade ao amor (…) Sentia nela a presença do Espírito Santo que a tornava capaz de transmitir, a quantos dela se aproximavam, a sua forma de amar a Deus e a todos.”
D. Martino, bispo da sua Diocese
Para saber +:29/9/1971 - 7/10/1990
Itália 1990. O lugar e a data recorda, a muitos, o mundial de futebol, embora Portugal não estivesse representado. Mas é também o país e o ano da morte de uma jovem, cujo funeral reuniu 2000 pessoas, de todas as idades, crentes ou não. O seu túmulo é lugar de peregrinações. Muitos, pelo seu testemunho, decidiram dar maior lugar a Deus nas suas vidas. A causa da beatificação foi já introduzida. Afinal, é possível ser santo aos 18 anos!
Olá! O meu nome é Chiara, Clara em português. A minha história é, simultaneamente, simples e extraordinária. Nasci a 29 de Outubro de 1971, em Sassello, no Norte de Itália. O meu nascimento cumulou de alegria os meus pais que aguardavam ansiosamente ter uma criança. O meu pai era camionista e a minha mãe deixou a fábrica onde trabalhava, para acompanhar o meu crescimento.
A vida: que grande dom! Que bom estar com os amigos, cantar, dançar, fazer caminhadas na serra, praticar natação, ténis…
Um dia, precisamente ao jogar ténis, senti uma forte dor no ombro. O diagnóstico cai como uma bomba: cancro dos ossos, numa das suas formas mais graves e dolorosas. Que dizer? “Sou jovem… vou conseguir”. Para mim, é o início de um novo desafio: a santidade.
A dor, abraçada, torna livre
Exames médicos, operações cirúrgicas, quimioterapia… nada resulta e o mal progride. Deixei de poder andar, eu, em plena flor da idade. Os tratamentos são dolorosos, mas recuso a morfina, pois retira-me lucidez. Sinto que a dor, quando abraçada, me torna livre. A minha força? Está na minha fé em Jesus, que se abandonou na cruz e que tomou sobre Si todo o sofrimento humano. “O importante, é fazer a vontade de Deus. Tinha projectos pessoais, mas Deus tinha os seus, para me guardar junto de Si. Jesus enviou-me esta doença na hora certa. Não imaginais qual é a minha relação com Jesus, agora! Julgo que Ele me chama a algo mais, algo maior… Talvez fique acamada durante anos. Não sei. Para mim, só conta a vontade de Deus : fazê-la bem, viver o momento presente, entrar no « jogo » de Deus… Espera-me um outro mundo e eu só tenho de confiar. Sinto que faço parte de um projecto esplêndido que se me revela aos poucos.”
O meu quarto,
lugar de encontro e unidade
Passo a oferecer tudo pelos jovens, pela minha diocese, por aqueles que se afastaram da fé, pelas missões… Quando fiz 18 anos, recebi uma grande quantidade de dinheiro que reencaminhei para um amigo que trabalha em África, junto de crianças pobres e doentes. O meu quarto, no hospital e depois em casa, torna-se lugar de encontro, apostolado e unidade. É a minha “igreja”.
"Se Tu o queres, Jesus, também eu o quero”, é o que repito, recordando o exemplo de Stª Teresinha, enquanto o mal não cessa de progredir. Peço à minha mãe que não chore, dirigindo-lhe as minhas últimas palavras: “Sê feliz, pois eu também o sou”.
DISSERAM DELA...
“O seu sorriso e o seu olhar luminoso provaram-nos que a morte não existe, que só há vida”
A. Delogu, médico
“ A sua aprendizagem da santidade é apoiada pelo seu ideal de vida, pela sua generosidade, pela sua disponibilidade ao amor (…) Sentia nela a presença do Espírito Santo que a tornava capaz de transmitir, a quantos dela se aproximavam, a sua forma de amar a Deus e a todos.”
D. Martino, bispo da sua Diocese
www.chiaralucebadano.it
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