01 abril 2007

RAMOS

ACOLHEI

Há alegria
quando se anuncia alguém que amamos.
Foi assim para os habitantes de Jerusalém
que cantaram com alegria "aquele que vem",
vendo nesse homem Jesus
o messias-salvador do povo.

Mas se aquele que esperamos
não responde às nossas expectativas, que decepção!
É difícil afirmar-se solidário
do condenado ante o palácio de Pilatos.
Então, nós que nos dizemos prontos para acolher
"aquele que vem em nome de Deus",
quem esperamos exactamente?

Um Todo-poderoso com um poder a favorecer-nos?
Um Deus omnisciente que resolveria os nossos problemas?
Um consolador que viria ao nosso encontro
na euforia das nuvens de incenso?

Não, aquele que vem hoje
é o Homem.
Aquele que bate à porta da nossa casa
ou do nosso coração, é Ele:
"Era eu próprio!" dirá Ele no último dia.

Que acolhimento estou pronto a dar-Lhe?

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